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domingo, 22 de maio de 2011

Perito criminal

"Profissional que realiza a perícia em locais onde ocorreram crimes"

Fonte: Redação Brasil Profissões

O que é ser um perito criminal?

O perito criminal é um servidor público, a serviço da justiça, que realiza a análise crítica e científica dos locais onde ocorreram crimes. O perito é responsável por localizar as provas técnicas, e analisar os vestígios do delito. As provas técnicas são muito importantes em um processo, não sendo descartadas mesmo quando o réu é confesso. Esse profissional, após a localização das provas, estuda o corpo do objeto, realiza exames laboratoriais específicos, analisa todas as informações das quais dispõe e reconstitui a cena do crime, na tentativa de desvendar os autores, as armas utilizadas, o modo como foi realizado e até as vítimas. O profissional de perícia é selecionado mediante concurso público, e pode participar de operações isoladas e da perícia de pequenos delitos, ou de operações específicas juntamente com outros departamentos da justiça.

Quais as características necessárias para ser um perito criminal?

Para ser um perito criminal é necessário que o profissional se interesse por desvendar mistérios, e acima de tudo, que tenha uma certa frieza, pois seu trabalho está sempre ligado a cenas fortes de crimes diversos. Outras características interessantes são:
  • responsabilidade
  • capacidade de observação
  • raciocínio rápido
  • capacidade de concentração
  • visão realista
  • capacidade de interligar fatos e motivos
  • metodologia
  • sinceridade
  • curiosidade
  • imparcialidade

Qual a formação necessária para ser um perito criminal?

Por ser um profissional selecionado através de concurso público, as exigências de formação são informadas quando o edital do concurso é publicado. O cargo é de nível superior, ou seja, o profissional que esteja interessado em prestar o concurso precisa ter diploma de graduação em algum curso (não há especificidade de graduação). Após a aprovação no concurso público os candidatos passam por um curso de especialização de aproximadamente oito meses, onde estudam criminologia, balística, acidentes de trânsito, lingüística, análises de DNA, perícias de informática, áudio e vídeo, entre outras disciplinas.

Principais atividades

  • chegar ao local do crime rapidamente, depois de chamado, para que provas e evidências não se percam ou sejam mal manuseadas por pessoas não especializadas
  • analisar minuciosamente a cena do crime, localizando todas as evidências e possíveis provas técnicas
  • no caso de vítimas fatais, o perito analisa os machucados e lesões, conseguindo assim distinguir o objeto utilizado para ferir a vítima e dados importantes como, de que lado veio o golpe, quantas pessoas agrediram, ou até mesmo se o agressor é destro ou canhoto
  • analisar o corpo das provas
  • mandar realizar análises laboratoriais mais específicas
  • analisar o resultado das análises laboratoriais e elaborar uma linha de investigação
  • trabalhar em conjunto com outros peritos e profissionais da área, evoluindo a investigação na tentativa de solucionar o crime
  • se possível desvendar os autores do crime, as armas, os métodos utilizados, as vítimas, etc
  • elaborar um laudo pericial que será entregue aos órgãos competentes que será anexado ao processo

Áreas de atuação e especialidades

Os peritos criminais trabalham em todo o tipo de crime que deixe vestígios. Seu papel é investigar a partir destes vestígios e encontrar relações com o delito, a fim de descobrir como o mesmo ocorreu. Os peritos podem trabalhar em pequenos delitos, em operações isoladas, ou em conjunto com outros departamentos e especialidades da justiça. O perito, ao chegar no local do crime, geralmente é acompanhado de um papiloscopista (profissional especializado em impressões digitais), um fotógrafo e policiais. O trabalho desse profissional é de tamanha importância nos processos, que, mesmo quando o réu confessa a autoria do crime, as provas técnicas e a análise pericial não podem ser dispensadas.

Mercado de trabalho

O mercado de trabalho para o perito criminal depende basicamente da abertura de concursos públicos para o cargo. Ultimamente, a procura por esses concursos tem aumentado, fato que, por sua vez, aumenta a concorrência e o grau de dificuldade da seleção. Segundo muitos especialistas da área, o problema não é a falta de profissionais e sim o grande número de crimes, o que faz com que o sistema de perícias nunca seja grande o bastante para atender toda a demanda.

Curiosidades

Histórico do Instituto de Criminalística de São Paulo - "Perito Criminal Dr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga" 
Na metade do século passado, a aplicação dos métodos científicos no esclarecimento dos crimes abriu um novo horizonte para a polícia, com a criação dos Gabinetes de Identificação e dos Laboratórios de Criminalística. Ambos se transformaram em modernos institutos de pesquisa e, com eles, a ciência tornou-se uma aliada contra o crime. 
O Instituto de Criminalística (IC), que também é conhecido como a Polícia Técnica, foi criado em 30 de dezembro de 1924, pela Lei n.º 2.034, sob a denominação de Delegacia de Técnica Policial. A Delegacia era subordinada ao Gabinete Geral de Investigações e realizava exames periciais. Dois anos depois, ela passou a ser chamada de Laboratório de Polícia Técnica. 
Em 1929, assume a direção do Laboratório o perito Octávio Eduardo de Brito Alvarenga, um dos maiores nomes da Criminalística no Brasil. Alvarenga aposentou-se em 1955, e hoje empresta seu nome ao Instituto de Criminalística. 
O Laboratório de Polícia Técnica foi transformado em Instituto de Polícia Técnica em 1951 e passou a ter seções especializadas. Em 1961, as cidades de Araçatuba, Araraquara, Assis, Barretos, Bauru, Botucatu, Campinas, Casa Branca, Guaratinguetá, Itapetininga, Jaú, Marília, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Sorocaba e Taubaté passaram a ter os Postos de Polícia Técnica. Um ano depois, os postos foram instalados em Guarulhos, Santo André, São Caetano e São Bernardo do Campo. 
Em 1975, o Instituto passou a ficar subordinado ao Departamento Estadual de Polícia Científica, com o nome de Divisão de Criminalística, pelo Decreto nº 5821. Pouco tempo depois, o Departamento foi reorganizado e a Divisão de Criminalística passou a ser denominada Instituto de Criminalística (Decreto nº 6919).
Pela Lei nº 6290, o Instituto de Criminalística passou a ser chamado de "Instituto de Criminalística Dr. Octávio Eduardo de Brito Alvarenga". Com a criação da Superintendência da Polícia Técnico-Científica (SPTC), em 1998, o IC se tornou um dos dois órgãos subordinados à SPTC, ao lado do Instituto Médico Legal. 
O IC tem por atribuição auxiliar a Justiça, fornecendo provas técnicas acerca de locais, materiais, objetos, instrumentos e pessoas, para a instrução de processos criminais. Esse trabalho é executado por Peritos Criminais, que elaboram laudos a respeito das ocorrências cuja infração penal tenha deixado algum vestígio.
O Instituto é estruturado por núcleos de perícia na Grande São Paulo e no Interior. Além disso, o IC conta com núcleos que realizam perícias especializadas (Acidentes de Trânsito, Crimes Contábeis, Crimes Contra o Patrimônio, Crimes Contra a Pessoa, Documentoscopia, Engenharia, Perícias Especiais, Identificação Criminal e Perícias de Informática) e aqueles responsáveis por exames, análises e pesquisas (Análise Instrumental, Balística, Biologia e Bioquímica, Física, Química e Exames de Entorpecentes). Todos os núcleos de perícias especializadas estão sediados na Capital, junto à sede do IC.
O atual diretor do Instituto de Criminalística é José Domingos Moreira das Eiras.
Fonte: http://www.polcientifica.sp.gov.br/

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